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Bebês humanos artificiais podem se tornar realidade

Cientistas conseguiram cultivar um embrião sintético sem esperma, óvulo ou útero pela primeira vez.

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A pesquisa de desenvolvimento embrionário foi realizada pelo Instituto Weizmann de Ciência e foi publicado no dia 01 de agosto na Cell. No entanto segundo os cientistas, o experimento científico não se destina a criar bebês artificiais. Mas sim um dia produzir órgãos de substituição para humanos.

Os cientistas conseguiram fazer embriões sintéticos criados sem óvulos fertilizados e usando células-tronco de camundongos que foram cultivadas por anos. Preferiram dispensar a necessidade de começar utilizando um óvulo fertilizado. Pois essa abordagem foi importante e valiosa pelo fato de poder contornar questões técnicas e éticas que se aplicam ao uso de embriões naturais.

O experimento também abre portas para novos experimentos. No caso dos camundongos, atualmente certos experimentos são inviáveis porque exigiriam milhares de embriões. Mas com o processo artificial criado em incubadoras, os cientistas teriam um estoque praticamente ilimitado de embriões.

Como foi o desenvolvimento do embrião sintético

Depois de pouco mais de uma semana, as estruturas embrionárias se auto reuniram formando um coração rudimentar batendo, circulação sanguínea, os estágios iniciais do cérebro e tratos intestinais.

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Fases do desenvolvimento do embrião sintético. Do dia 1 ao dia 8. Crédito: Instituto Weizmann/Jacob Hanna

Quando comparados com embriões naturais de camundongos, os modelos sintéticos apresentaram uma semelhança de 95%, igualmente na forma das estruturas internas quanto nos padrões de expressão genética de diferentes tipos de células. Os órgãos vistos nos modelos deram todos os indícios de estarem funcionais.

Comparação do dia 8 na vida de um embrião de camundongo. No quadro de cima é um embrião sintético e no de baixo um embrião natural. Crédito: Instituto Weizmann/Jacob Hanna

Nosso próximo desafio é entender como as células-tronco sabem o que fazer – como se auto montam em órgãos e encontram seu caminho para pontos atribuídos dentro de um embrião.” Disse o Prof. Jacob Hanna do Departamento de Genética Molecular de Weizmann.

Além de ajudar a reduzir o uso de animais em pesquisas, modelos de embriões sintéticos podem, no futuro, se tornar uma fonte confiável de células, tecidos e órgãos para transplante.

Um embrião sintético no oitavo dia de desenvolvimento. Crédito: Instituto Weizmann/Jacob Hanna


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Crédito: Instituto Weizmann/Jacob Hanna

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